sábado, 2 de maio de 2009

Vou de táxi...

Ontem estava conversando com a minha irmã e não sei porque, começamos a falar sobre as músicas da nossa infância. Como somos da geração 80's, nosso papo foi de Rosana (lembram?) a Tetê Spíndola, e no que diz respeito à música infantil nem tivemos muita escolha: o assunto foi Xuxa e Angélica.  Fiquei pensando que hoje em dia as crianças estão meio pobres de músicas feitas para elas. Se não quiserem ouvir infinitamente que cinco patinhos foram passear acho que acabam caindo nas músicas para adulto cheias de sacanagem. Tão diferente do nosso tempo, né? Será? 

Bom, pra lembrar os velhos tempos, vamos dar uma olhada numa música que 15 entre 10 crianças cantaram no Brasil  final dos anos 80 e que até hoje é classificada como música infantil. 

Angélica com suas amigas mostrando como se faz música para crianças.

Vou de Táxi

Pela janela do meu quarto
Ouço a buzina
Me chamando
Quem será que vem me acordar

[Vejam aqui que ela nem faz idéia de quem pode estar chamando por ela de madrugada (ela já estava dormindo) na porta da casa dela. Bom até aí normal... afinal de contas ela não tem super poderes, né?]

Mas no banho
Foi só me tocar
De repente
Lembrei do teu olhar

[Eis que ela... que já foi tomar banho para se arrumar para o encontro com o cara que ela ainda nem sabe que é... enquanto se tocava no banho finalmente lembra de quem se trata.] 

No espelho
A cor do batom
Lembro o beijo
Foi pra lá de bom...

[Ufa... menos mal, né? Pelo menos ela conhece o cara com que vai sair de madrugada. Aí ela está se arrumando e tal... lembrando dos amassos com o cara... tudo ok.]

(refrão)
Vou de táxi "cê" sabe
"tava" morrendo de saudade

[Cara.. precisei dividir esse refrão em dois. Primeiro: como assim, vou de táxi? O cara não estava buzinando na porta da casa dela? Ele buzinou e saiu correndo? Ou será que ele é motorista de táxi? Agora fiquei confusa.]

Mas me lembro
Do teu nome

[Como assim, Angélica? Você quer um prêmio por isso? Tá certo. Ela nem sabia quem era. Acho que lembrar pequenos detalhes como nome é algo de que ela deve se orgulhar.]


Não tem pressa
Teu jeito de olhar pra mim
Me arrepia
Me leva , me faz viajar...
Pelo céu
Pelo sol
Pelo ar
Pelo mar
A escola pode esperar...

[Meldels... é nessas horas que eu nem me prendo às incoerências da música e simplesmente me pergunto: isso não era para crianças? Isso aí... vai lá dar uns pegas no semi-desconhecido que te arrepia, te faz viajar... a escola pode esperar. Valeu Angélica... sua música acaba de levar um selo da fundação Abrinq.]

Vou de táxi
Mas só com você
Vou de táxi
Só pra te ver

[Tá... agora eu acho que o cara não tem carro... ele foi buscá-la de táxi mesmo. Deve ser adolescente como ela (na época da música a Angélica tinha 15 anos), mas ter uma grana pra gastar assim.]

Vou de táxi "cê" sabe
"tava" morrendo de saudade
Vou de táxi "tô" com saudade
Vou de táxi
"tô" com saudade...

[Bom... a música acaba com ela indo de táxi com ele e dizendo que estava “morrendo de saudade”. Isso mesmo, morrendo de saudade do cara que ela nem lembrava quem era e que até agora não sabe o nome. Mas só um recadinho, Angélica: dizendo “cê” sabe e que “tava” morrendo de saudade.... Não querida, a escola não pode esperar. ]


Hehehe... em pensar que eu ouvia essa música amarradona. Agora me diz... onde que isso é música para criança???

*Em breve, tudo sobre Blue Jeans

quinta-feira, 19 de março de 2009

Samurai Girl


Heaven, linda e cheia de Photoshop. Go Girl!

Para abrir os serviços no blog não vou falar sobre doramas, animes ou live actions. O assunto agora é uma série americana (!) chamada Samurai Girl. Resumindo, ela conta a história de Heaven Kogo, uma garota japonesa que vai para os EUA para seu casamento arranjado com o filho de um, digamos, parceiro de negócios de seu pai. Como se ser forçada a casar com um cara de 5ª categoria não fosse ruim o bastante, a garota ainda tem sua cerimônia invadida por ninjas, perde o irmão, foge para não ser morta e ainda descobre que seu pai tem algo a ver com o rolo todo e que caberá a ela virar uma samurai (é isso mesmo... você não leu errado) e resolver toda essa bagunça.

Confesso que quando ouvi o nome e vi o comercial na HBO com uma garota voando bem no estilo "o tigre e o dragão" eu pensei... lá vem merda. Mas, por algum motivo que até agora não sei exatamente qual foi e que creio ter sido pura curiosidade suicida, resolvi assistir. E não é que, contra todas as minhas expectativas, a série é boa mesmo?É sério... a protagonista não é chata (na medida do possível para uma protagonista, né?), a história é boa, o roteiro idem, os diálogos são inteligentes. Ainda posso colocar na conta coadjuvantes fantásticos (o que são aqueles amigos da Heaven?), sem os quais acho que a história não teria metade da graça.

A Heaven às vezes fazia carinha de piriguete? É, fazia... Mas tipo... que protagonista não faz?
Os vilões às vezes davam um mole enorme de simplesmente não darem um tiro à distância nos mocinhos? Tá... concordo, mas os clichês eram poucos e posso garantir que em nenhum momento pensei em mudar de canal.


Heaven e Jake fazendo pose de samurai.


Samurai Girl não é a 8ª maravilha do mundo. Talvez boa parte da minha admiração seja porque eu estava esperando algo tão ruim que fiquei chocada (se bem que a minha irmã também gostou). Mas, de qualquer forma, no meio de tantos doramas chatos que eu tenho encontrado por aí acho que vale a pena dar uma olhada. São só três episódios. Mal não faz, né?

Oh, e ainda tem o pai da Heaven... "o cara" de SG. Pobre Jake... quem consegue olhar pra você quando Kogo-sama aparece?

Oh, eu tenho charme. Morra de inveja, Jake.


Quem tiver Sky, gato net ou afins pode ir no site da HBO e descobrir quando vai repetir. Senão, o jeito é perguntar para São Google. ^^